sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
al
Não é algo que se possa visitar, ver ou tocar, mas é indiscutivelmente a mais duradoura influência árabe na Península Ibérica e em Sintra. Desde termos ligados à economia, sobretudo à actividade agrícola, a topónimos e antropónimos, os muçulmanos enriquecerem e marcaram a língua portuguesa com centenas de vocábulos que utilizamos todos os dias. A toponímia de Sintra é um exemplo desse encontro de culturas que durante quase cinco séculos marcou a história da Península.
Os linguistas consideram existirem três classe de topónimos árabes que de diferentes modos entraram na Língua Portuguesa. Assim, para Sintra temos:
Topónimos de origem árabe (aqueles que possuem raiz árabe e que permaneceram com pequenas alterações desse radical):
Albarraque (Albarrak = "o brilhante" ou, para outros autores al-barraque, plural de al-barca = "solo duro");
Alcainça (al-kaniça = "a igreja");
Alcoruim ou Alcorvim (al-cairuáne = "o caimão");
Alfaquiques (alfaqueques, cargo muçulmano que designava o indivíduo que resgatava prisioneiros );
Alfouvar ( al-fauwara = "o bolhão");
Algueirão (al-guerame = "a gruta");
Almargem ( al-marge = "o prado");
Arrabalde (arabáde = "os subúrbios" );
Assafora (assahra = "Campina")
Azenha (aççania, isto é, "a nora");
Azoia (az-zavia = "o mosteiro");
Cacém (cacéme = "o que divide" );
Moçaravia (muçtarabe = "aquele que se tornou árabe");
Queluz ( qá-luz = "vale da amendoeira");
Mucifal ( maçfal = "o lugar que está em baixo");
Massamá (maçama = "o que está alto");
Meleças ( meliça = "o vazio");
Almoçageme (al-mesjide = "a mesquita")
Topónimos híbridos (resultantes da associação de dois topónimos, um árabe e um latino):
Alcolombal (da junção do artigo árabe "al" com a palavra latina "columbare", que significa pombal),
Alcobela ( do árabe "al- quibba" mais o sufixo "ela" ),
Almoster (o artigo "al" mais o termo latino " monasterium", que significa mosteiro).
Topónimos arábicos modernos (de raiz desconhecida, mas facilmente identificáveis com a etimologia árabe): Abonemar, Aljabafaria, Almornos, Almosquer, Alparrel, Alpoletim, Alvegas, Asfamil, Bogalho, Calaferrim, (o mesmo que Canaferrim, que daria mais tarde Penaferrim - S. Pedro de Penaferrim), Galamares, Mafarros (ou Nafarros), Magoito, Meleças, etc.
domingo, 5 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
é sempre bom saber...
O topónimo 'Algueirão' sugere de uma possível ocupação árabe do termo da Freguesia. Segundo o Prof. David Lopes (REVISTA LUSITANA, vol. XXIV, p. 260), 'Algueirão' deriva do árabe Al-Geirân, plural de Al-Gâr, que significa cova, gruta, barranco, buraco.
No século XVI, existia uma Irmandade ou Confraria referida como os Confrades de S. Gião do Algueirão, que desconhecemos onde funcionava, há referências dispersas a propriedades do Mosteiro de S. Domingos de Benfica em Fanares (1573 e ss.), Algueirão (1577) e Mem Martins (1595). Antes, em 1537, parte das terras de Fanares estavam aforadas à Igreja de Santa Maria de Sintra.
A Lista de Comarcas do Reino, de 1640, volta a apresentar o Algueirão como 'cabeça' ou 'capital' de Vintena, tal como em 1527, o que demonstra a importância do lugar. Tinha então um total de 60 vizinhos [fogo/habitações], assim repartidos: Algueirão - 14, Fanares - 5, Rinchoa - 4, Melessas - 8, Baratã- 4, Prosigais - 4 [Pexiligais], Sacotes - 5, Relhados - 5 [A-dos-Rolhados], Corios - 5 [na actualidade A-dos-Crivos]. Entretanto, a Vintena de Ranholas incluía Mem Martins - 15 e Casais [de Mem Martins] com 6 vizinhos. Coutinho Afonso era da Vintena de Cortegraça e tinha 5 vizinhos.
A partir da segunda metade do século XVIII, a região sintrense é ponto de chegada e fixação, a ritmo cada vez mais acelerado, de populações oriundas de outras partes do território. Tendência que, na actualidade, ainda se mantém, o que proporciona uma característica única a esta Freguesia que concilia, nem sempre de forma harmoniosa, o rural e o urbano. Esta fixação populacional obedece a ciclos determinados e estudados há muito, de fluxos e refluxos populacionais característicos das grandes urbes como Lisboa, isto é, numa primeira fase, um agri abastecedor da urbe; numa segunda fase, os solares e quintas senhoriais, aprazíveis e de recato romântico, de traça realenga ou de burguesia endinheirada, como segunda habitação ou veranil; uma terceira fase, constituída por 'cidades satélites', plenamente suburbanas. Os vários censos conhecidos nesse aspecto são elucidativos: Censo Populacional de 1940: Pexiligais - 108 habitantes; Recoveiro - 54; Barrosa - 24; Coutim Afonso - 51; Sacotes - 91; Algueirão - 570; Mem Martins - 675. No censo de 1970, a freguesia tinha 17.377 habitantes. No censo de 1981, a freguesia tinha 34.451 habitantes.
'Aquele lugarejo [Algueirão - Mem Martins] tem a sua História, tem os seus costumes, que um urbanismo intenso fará desaparecer' (FONTES, 1943:311). A História e os Costumes, são criações da prodigiosamente humana, sempre renovadas, sempre fascinantes.